Assessoria de Comunicação – UEMG Unidade Divinópolis
Texto e fotos: Elvis Gomes
Apesar de não ser a língua mais influente do mundo, em comparação com o inglês, por exemplo, o mandarim (ou língua chinesa) é o idioma que conta com o maior número de falantes (que têm a língua como materna): cerca de 1 bilhão de pessoas. Foi pensando na importância do mandarim na atualidade que o professor Gabriel Rabelo, de 22 anos, propôs a realização de um curso básico do idioma na Uaitec (Universidade Aberta e Integrada de Minas Gerais) de Divinópolis, que funciona no bloco 4 da Unidade da UEMG.
Iniciado no último dia 17 de agosto, o curso é gratuito e conta com duas turmas, cujas aulas são realizadas aos sábados, das 9h30 às 12h30 (primeira turma) e das 14h às 17h (segunda turma). Ao final do curso, que é ministrado na sala 401 da Unidade, os alunos receberão uma certificação da Uaitec.
Segundo Gabriel, o objetivo do curso é oferecer aos alunos a possibilidade de passar na prova do HSK 1, que é um dos testes de proficiência de língua chinesa. “Há seis níveis desta prova. O nível 1 engloba 150 ideogramas chineses e algumas situações comunicativas específicas. Então, o objetivo do curso é fazer com que o aluno, ao final, consiga compreender todas estas situações, englobadas pelo nível do HSK 1, e também ler e escrever os caracteres”, explica Gabriel, que também é professor de inglês.
Perfil
O perfil dos alunos do curso é de pessoas que gostam de estudar outros idiomas e que têm contato com a cultura chinesa ou interesse pela cultura oriental. “Há pessoas que procuram estudar a língua chinesa devido ao mercado de trabalho, já que a China está em ascensão como potência mundial, e, futuramente, é bem provável que a língua chinesa alcance a mesma importância que o inglês. Quem estuda mandarim hoje em dia será, com certeza, compensado no futuro”, comenta Gabriel.
O curso conta com alunos de graduação da UEMG Divinópolis, principalmente da área de Engenharia. O estudante Rafael Ciaravolo, do 7º período de Engenharia de Produção da Unidade, explica por que decidiu fazer o curso: “Em primeiro lugar, ter uma segunda ou até uma terceira língua no currículo é uma coisa muito importante, hoje em dia, para o mercado de trabalho. Então, como eu já tenho o inglês como uma segunda língua, aprender uma nova língua vai me destacar cada vez mais no mercado de trabalho. Além disso, o mandarim deverá ser uma das línguas mais influentes no futuro, já que o comércio da China está crescendo cada vez mais e o país poderá abrir um mercado para os engenheiros formados no Brasil poderem ir trabalhar lá.”
Interesse
Gabriel conta que o interesse pelo mandarim surgiu quando ele começou a estudar Letras na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e conheceu o Instituto Confúcio, responsável pela promoção da cultura chinesa na Universidade. “Sempre tive um interesse muito grande por outros idiomas e por outras culturas, e a língua chinesa sempre me chamou a atenção, mas nunca havia tido a oportunidade para poder estudá-la. Tudo mudou a partir do dia em que conheci o Instituto Confúcio da UFMG. Conversei com os diretores e professores de lá e comecei a estudar a língua chinesa; acho um idioma fascinante. Desde então, comecei também a ter contato com os chineses e, consequentemente, fui avançando e passei a dar aulas e a participar das atividades da instituição também”, ressalta.
O curso será finalizado no dia 14 de dezembro. No entanto, segundo Gabriel, não há, até o momento, previsão de continuidade no próximo ano. “Ainda estou verificando a possibilidade. Como ainda não me formei na UFMG, terei de voltar a estudar no ano que vem. Caso este retorno não esteja marcado para o começo do ano, talvez eu consiga trazer outro curso básico aqui para a Uaitec ou dar continuidade a este curso que está acontecendo atualmente ou possa passar para o HSK 2”, finalizou Gabriel.