Entre os 73 concorrentes ao Prêmio PIPA 2025, Flávia Ventura, formada em Artes Plásticas pela Escola Guignard, foi selecionada ao lado de outros três artistas. Em sua 16ª edição, o prêmio é considerado um dos principais da arte contemporânea brasileira e tem como missão reconhecer e evidenciar talentos em ascensão.
Flávia Ventura e suas obras
Premiada pela nona vez em sua trajetória, Flávia Ventura apresenta uma produção que aborda relações entre sexualidade, gênero, poder e violência, utilizando linguagem abstrata e performática. Suas obras se destacam pelo uso de cores que remetem a diferentes tons de pele, criando narrativas ambíguas e de caráter erótico.
O curador do Instituto PIPA, Camillo Osório, destacou a escolha da artista ao afirmar que ela “explora a materialidade pictórica com um vigor próprio, revelando, por dentro das espessas camadas de tinta e gestos, fragmentos corporais e orgânicos que fundem o natural e o cultural”. Já Sebastião Miguel, orientador de Flávia na habilitação em pintura na Escola Guignard, descreve sua produção como “viva e pulsante”.
"A pequena morte", de Flávia Ventura, 2022
Desde 2010, o Conselho do Prêmio PIPA indica artistas de destaque, dos quais quatro são selecionados em cada edição. Em 2025, cada vencedor receberá R$ 25 mil e a oportunidade de expor seus trabalhos no Paço Imperial, entre 6 de setembro e 16 de novembro.
Nos últimos anos, outros egressos da Escola Guignard também foram reconhecidos. Em 2022, Josi, então graduanda em Artes Plásticas, foi premiada por obras produzidas com água de feijão preto. No ano seguinte, Luana Vitra, que tem habilitação em escultura, também esteve entre os vencedores.
Letícia Gonzaga, sob supervisão de Antônio Araújo