Elogiada pelo The New York Times, a artista mineira Luana Vitra desponta como um dos nomes mais proeminentes da arte contemporânea brasileira, conquistando espaço nas principais instituições culturais do mundo.
Formada pela Escola Guignard da Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG), Vitra apresenta a mostra “Amuletos” na galeria SculptureCenter, em Nova York — uma instalação monumental que combina materiais como ferro, cobre, cristais e tecidos, explorando a dimensão espiritual e simbólica dos elementos minerais.
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Crédito: Elliott Jerome Brown Jr. para o The New York Times |
A crítica especializada tem sido enfática: o The New York Times descreveu sua arte como uma “escuta dos minerais”, destacando o poder ancestral e a força poética de suas obras. Nascida em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, a artista incorpora às suas criações referências afrodiaspóricas, saberes espirituais e resíduos industriais que remetem à paisagem devastada de Minas Gerais, Estado historicamente marcado pela exploração mineral.
Sua trajetória internacional inclui participações em bienais como São Paulo (2023) e Sharjah (2025), além de exposições em instituições como Inhotim e Kunstinstituut Melly (Roterdã). Em cada obra, Luana propõe uma “equação emocional”, onde os materiais — cuidadosamente escolhidos — revelam narrativas invisíveis e dialogam com temas como memória, destruição, reconexão e transcendência.
📱 Em suas redes sociais, Vitra compartilhou com entusiasmo a repercussão internacional de seu trabalho com a foto publicada na edição do Jornal The New York Times:
“Me sinto muito feliz em compartilhar com vocês esse artigo sobre meu trabalho escrito pelo incrível Siddhartha Mitter para o The New York Times.” 🕯️ “I’m very happy to share with you this article about my work written by the amazing @siddharthamitter for @nytimes.” ☀️
Com linguagem sofisticada e potência simbólica, Vitra representa uma nova geração de artistas negros brasileiros que desafiam paradigmas estéticos e reinventam modos de existir na arte. Suas instalações convocam o público a olhar para o mundo com escuta, sensibilidade e consciência.
📄 Leia a matéria completa no The New York Times
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Jornal “Estado de Minas” destaca os caminhos da artista entre raízes e reconhecimento internacional
Além da repercussão internacional, a artista Luana Vitra também recebeu atenção da imprensa brasileira, com destaque em reportagem publicada nesta terça-feira (15/7) pelo Estado de Minas. O jornal relembra a história do bisavô de Luana, operário da mineração que faleceu precocemente em razão da exposição ao pó de pedra, revelando como essas memórias familiares moldam o olhar crítico e poético da artista sobre a relação humana com os minerais.
A matéria também revela que sua trajetória artística começou pela dança, e que o contato com materiais como ferro e madeira veio naturalmente, influenciado pelas paisagens mineiras e pelo ofício de seu pai, marceneiro. Outro ponto destacado conta que Luana vive há mais de cinco anos em residências artísticas, sem moradia fixa — tendo concebido a mostra “Amuletos” na África do Sul.
O texto ainda destaca sua participação em exposições recentes no Brasil e no exterior, como a Bienal da Tailândia, na qual apresentará um trabalho sobre o estanho, e a individual na Mitre Galeria, em São Paulo.
Detalhes de sua pesquisa estética também aparecem na abordagem da gestualidade dos amuletos, como os nós e penas, além da visão do espírito como dimensão filosófica e científica. Essas informações ampliam o entendimento sobre sua obra e reforçam seu papel como uma das artistas mais singulares da cena contemporânea brasileira.
O veículo mostra o impacto do reconhecimento internacional de Luana, relata sua trajetória desde Contagem até os holofotes mundiais e aprofunda o olhar sobre sua exposição no SculptureCenter. A reportagem explora como sua pesquisa e seu ativismo transformam materiais e narrativas, além de revelar bastidores e reflexões da artista sobre o sentido de criar arte a partir da experiência mineira.